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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A bandeira do palhaço

Como não podia deixar de ser, rebenta mais uma bronca no cenário político nacional. Miguel Sousa Tavares (MST), em entrevista ao Jornal de Negócios, chamou palhaço ao Presidente da República (PR).

Ferido na honra, consideração e respeito devidos não a ele próprio mas à figura do Presidente desta República, Cavaco Silva deu ordens à PGR que instaurasse o respectivo processo de inquérito contra MST, o que foi obedientemente cumprido de imediato.
No entanto, não é apenas a fúria do PR que MST enfrenta, uma vez que os Palhaços, esses nobres profissionais, têm também toda a legitimidade para o demandar criminalmente. É que isto de comparar um político a um palhaço, nunca poderá ser abonatório para a imaculada imagem dos profissionais circenses.
O alegado crime cometido por MST, está previsto e é punido pelo art.º 328.º do Código Penal. É claro. No entanto, se saltarmos quatro artigos no Código Penal, aterramos direitinhos no art.º 332.º que prevê e pune os ultrajes à bandeira nacional, símbolo máximo da nação.

Ora, todos nós recordamos perfeitamente do ridículo episódio em que o PR hasteou a bandeira nacional "de patas para o ar", ultrajando de forma grave e dolosa a nossa bandeira. Neste caso, nem o PR nem a PGR  usaram da mesma celeridade a ordenar a instauração do competente inquérito. Ao contrário, como todos em Portugal que envolvam políticos, o caso foi-se arrastando até ser esquecido e finalmente mandado arquivar sem se terem apurado responsáveis. Mais! Nunca ninguém ouviu Cavaco Silva a pedir para se investigar aquilo que se disse sobre ele durante toda a investigação ao BPN, onde "palhaço" foi do mais suave que se ouviu. Vá-se lá saber porquê...

Jorge Jesus dizia, do alto de toda a sua sapiência popular que "o fairplay é uma treta". Eu, do alto da minha consciência, que essa ninguém ma tira, ouso dizer que a Justiça é que é uma treta.


Separados à nascença