Segue o Zarolho no Facebook





sexta-feira, 24 de maio de 2013

Rotundas, charme e buzinadelas


Hoje, pela segunda vez na mesma semana, uma senhora parou para eu passar numa rotunda...

Só não sei se foi por me ter achado extremamente belo e simpático, ou se por ter achado que eu não conseguia parar o carro a tempo. 
Vou pela primeira hipótese, uma vez que a senhora em causa me buzinou insistentemente.
Além disso, fez-me um gesto com a mão, aquele gesto típico com o dedo do meio em riste, normalmente utilizado para convidar outra pessoa para tomar um café. Eu é que não pude aceitar, porque já estava atrasado para o trabalho. A senhora até tinha um ar simpático, mostrou-me até uma bengala, mas teve de ficar pra uma próxima. Esta da bengala não percebi muito bem.

Eu sei. Isto de andar a semear charme pelos semáforos e rotundas deste país, não é para todos, mas a pala do olho surte um efeito fantástico junto do mulherio. 
Já me chegaram mesmo a dizer que eu devia era usar duas palas, em vez de uma só. Diz que seria o mais indicado no meu caso e que uma carroça às costas também não me ficava nada mal. Mas como quem me disse isto foi um camionista, eu duvidei das suas intenções, porque o senhor estava com cara de poucos amigos. Mas que culpa tenho eu que os camiões percam sempre a prioridade nas rotundas? Não fui eu que fiz o Código da Estrada.
As rotundas foram do melhor que se pode inventar. É um local de convívio fantástico, onde se pode conhecer gente nova e são um local onde toda a gente buzina a cumprimentar os demais condutores. Estamos sempre a ouvir "pára aí o carro", "seu este", "seu aquele", e outros adjectivos que não se percebem por causa do barulho das buzinas.
E também são um local de festejos. Por exemplo, para onde é que os Benfiquistas costumam ir festejar? Hum? Hum? Para a Rotunda do Marquês de Pombal! Querem maior prova da utilidade das rotundas?
Só é pena que algumas pessoas pensem que aquilo é tudo delas e não respeitem os outros. Mas eu, a essas, dou um desconto...